- Proibiram o cachorrinho.
Todos na sala se calaram, engolindo seco. Não usava muito o Orkut mesmo. Eles pegaram pesado quando cortaram o YouTube, e cortar os menssegers é compreensível num ambiente de trabalho – mesmo que esse seja uma empresa de comunicação. Mas porra, o papel de parede do cachorrinho não fazia mal a ninguém. Tive de sair da sala. Precisava tomar água, um pouco de ar – pensar bem para não fazer merda. Ainda não posso pedir demissão.
Ainda não.
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Monday, August 11, 2008
Thursday, August 07, 2008
roca de fiar
Estou preparada para condenar toda a humanidade em busca de um amor verdadeiro. Juntei meses para comprar uma bela cama, um castelo e muros de espinhos com direito a labirintos. Permiti a morte de algumas pessoas para conseguir a lendária roca de fiar da bela adormecida. Só Deus sabe por quantos séculos permanecerei adormecida até que meu verdadeiro amor venha a me beijar. Dizem que provoca efeitos colaterais nas pessoas ao nosso redor, que adormecem junto ou coisa do tipo. Como já disse, estou preparada para condenar toda a humanidade se assim tiver de ser. Passaram-se alguns anos. Séculos. E para minha desgraça um amor verdadeiro me beijou. Os olhos estavam embaçados e demorou alguns minutos para poder enxergar. Era uma mulher. Ela sorriu para mim, meio desajeitada. Vestia roupas, diríamos, futuristas. Ela quis me beijar novamente, me chamou de meu amor. Desviei o rosto, ela apertou meus seios – e foi bom. Ela começou a beijar o meu pescoço, fizemos amor. Ela percorreu todo o meu corpo, descobriu que eu estava menstruada, um doce nem comentou, continuou lá até me dar um orgasmo. Quem diria que sou lésbica. Ela subiu, estava coberta de sangue. Nos lambuzamos com os restos meus óvulos. Era tanto sangue que não me contive “Você também?”. Ela começou a soluçar, revelou uma faca, comecei sentir dor. “Muitos estavam sofrendo por sua causa, meu amor”. Não conseguia mais falar, e mal meus olhos desembuçavam tudo estava se apagando. “Eles precisavam parar de dormir, me perdoe”.
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