“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””

Sunday, October 22, 2006

Nirvana

O refrigerador não gela. E quando é verão piora minha alergia. Estou suando por todos os poros, bebendo litros de água e mijando toda hora. Aprendi que a vida pode ser prática. Comprei fraudas geriatricas. Cago e mijo sem ter de ir ao banheiro, Bebo litros de água. O refrigerador que esquenta me adoece. Estou quase lá para atingir o nirvana. Reflito em minha cabeça se Buda cagava e mijava durante os sete dias de meditação até conseguir o nirvana. Estamos no meu terceiro dia: mijo e merda acumulados nas fraldas. Estou quase lá.

Friday, October 20, 2006

velho senhor

Velho senhor tinha a mania de descansar o polegar sobre a testa. Depois toda a mão encontrava o rosto - e com ele se esfregava carinhosamente, o carinho do cansaço.
Logo em seguida,levantou de sua cadeira de balanço e foi até o armario tirar suas vestes. Velho senhor sempre pensava pelado, alegando que as roupas atrapalham o pensamento. Saiu pela única porta de seu quarto de encontro para o corredor - este cheio de portas. De todos eles, ao mesmo tempo, saem outros Velhos senhores. Um enfermeiro afeminado nos cortava, com copinhos de plásticos e comprimidos periódicos. O enfermeiro era apaixonado pelo Velho senhor, que já foi um grande escritor - daqueles que deixam afeminados excitadissimos.
Na sala de jantar, todos os Velhos senhores se sentam entre os simpatizantes. As panelinhas enrugadas discutem principalmente sobre o velhos tempos. Geralmente, de novo, só as jovens enfermeiras que são muito bem comentadas quando viram as costas. Vinte minutos é o tempo de jantar dos velhos senhores, depois todos voltam para o corredor, tomam mais comprimidos, e , cada um volta a ser só mais um velho senhor. Um, em especial, gosta de ficar pelado - e a meia noite tem visita especial do enfermeiro afeminado.

Sunday, October 01, 2006

Si(/e)m ponto [final]

Então estava ali, ao lado dele. As palavras faltavam - e havia como ser diferente? Sim, eles estavam ali...Três pontinhos. Sim, um, dois, três. Talvez se contar até dez. Mas numero nunca foram sua especialidade - sua especialidade são as letras. Dez letrinhas então?
- A m o v o c ê v i u !
Bem... Foram dez letrinhas, né.
Dez letrinhas. Ela não esperava nenhuma.Não sabia o que esperar. Mas sabia que a recíproca era verdadeira.
Sabia que seu coração estava sorrindo naquele dia, naquele momento. Não sabia o que fazer - limitou-se a beijar-lhe as mãos...
E ele a beija-la as mãos. Se começa pelas mãos...
[continua pelos beijos]