“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””

Thursday, October 27, 2005

Metáfora verdadeira e sincera

Quando estiver lendo isso quero que saiba bem que esse texto é apenas para você. Ei você, enxerido, pode ir embora. Nem pense. O texto não é para você ai não. Nem você. Xô xô xô. Podem fechar essa janela. Vou contar até três. Um. Dois. Três. Pronto? Bem... Acho que agora estamos a sós. Não é? Bem. Espero que você realmente saiba que esse texto é só para você. Sabe... Existe sim. Em primeiro lugar quero que saiba que existe. Não importam as provas do contrario. Continuo a crer que existe. Em todos os lugares, mas, em especial, no seu perfume. Não fui eu que cultivei o jardim. Ele já estava aqui quando cheguei. Mas pelo menos para mim a graça deste enorme adorno é o seu perfume. Sua cor. Sua beleza. Ali em um cantinho. Escolhi me sentar para proteger. Aguar com um regador sempre que ver que estas com sede. Às vezes bate uma fome ou um sono. Mas não vou fechar meus olhos. Quero que cresça e fique cada vez mais... Mais e mais. Estou feliz em estar aqui sentado. Escrevendo isso. O sol forte acompanha um céu azul limpo e belo. Mesmo assim acho que vai chover e vou com minhas mãos proteger das gotas fortes. Não quero mais sair daqui. Do seu lado. Você entende? Espero não está incomodando com a minha sombra...

(Samuel Gois Martins) 28/10/2005

Wednesday, October 26, 2005

Mais uma a respeito de alienígenas homossexuais e notas musicais

Foi caminhando por ai que o musico descobriu a nota que tanto procurava. Abaixou-se cuidadosamente. Fechou os olhos. Concentrou-se. Lá estava aquela nota. A nota perfeita. Com os olhos ainda fechados caminhou lento e cuidadosamente em direção da disposição sonora que havia descoberto.
- Opa ai rapa!
- Hein?
Batendo de cara com um alienígena, o musico ficou pasmo. “Onde estou”, ele pensou.
Pois não mais caminhando por ai ele estava. Ele estava caminhando por ali. Ali não é ai. Ali era...
- Onde estou?
- Um disco voador?
- Sério?!
- É né.
O alienígena era do tipo bem alienígena. Com pernas longas, pele acinzentada pálida, olhos grandes e negros. O musico já podia se imaginar dando entrevistas em documentários da Discovery.
- O que farão comigo?
- Sonda anal.
- Não mesmo!
- Não vai doer... É como exame de próstata!
- Nunca!
- Eu sou um alienígena. Milhares de centenas de anos luzes mais inteligente que você. O seu cérebro minúsculo nunca entenderia o intricado sistema universal para o qual essa sonda anal poderá contribuir.
- Você quer é me comer!
- Bem... Também. É que você é gatinho.
- Sou?
- É...
- Meu namorado nunca falou isso...
- Posso por a sonda anal ou não?
- Só se você der a nota que eu tanto procuro...
- Pra você eu dou qualquer coisa...

(Samuel Gois Martins) 26/10/2005

Thursday, October 20, 2005

Tentativas...

Hoje eu ia escrever sobre a mágica e fantástica fabrica de guardanapo que reciclava papel higiênico. Mas ocorreu-me algo muito mais interessante a relatar. Chega a ser quase meloso. Um tanto romântico. E de fato estupidamente fútil. Não são aquelas minhas tramas sobre princesas ninfomaníacas e seus sete anões da vida. É algo acarretado de beleza sutil e até algum sentimento vindo da parte do autor. A coisa mais ou menos se desenrola com a invasão do planeta terra pelo povo de Plutão. O povo de Plutão chama Plutão por um nome indecifrável, por isso usaremos o titulo criado por nossos astrônomos: Plutão, para facilitar as coisas. Então a branca de neve pisou na mão de dengoso com salto pontudo. Dengoso gemia de prazer... Opa. Trama errada. Vamos lá. Sei que posso escrever algo belo e sentimental. Nada é mais belo e sentimental que Plutão. O povo de Plutão. Voltando a eles: O povo de Plutão é formado por lindas amazonas de pele azulada e traço oriental. Sempre com roupas curtas e apertadas para exaltar seus... Corpos esculturais. Isso. Corpos esculturais que escravizavam os homens da Terra. Menos um. Isso. O nosso herói. O amor que ele sentia por sua amada era tão grande que nem os exuberantes sei... Corpos esculturais das amazonas azuladas orientais de Plutão dominavam o seu caráter inabalável. Isso sim era amor de verdade. Por que nem eu resistiria às amazonas azuladas orientais de enormes... Espaçonaves! E todo mundo adora espaçonaves! Não é mesmo? Claro que sim. Mas o nosso herói não. Na verdade ele pensava apenas na sua amada. Quer dizer. No seu amado. Sim, nosso herói é homossexual. Não que isso faça diferença, pois o poder das amazonas de Plutão era tamanho que ate os homossexuais teriam sido dominados. Nosso herói não convencional dominado por sua paixão incontrolável armou-se com todos os utensílios de sua loja de produtos eróticos. Ele ia matá-las de prazer e salvar o mundo. Meu deus! Que horror! Parece roteiro de filme pornográfico... Eu não consigo. Pelo visto. Vamos voltar para a mágica e fantástica fabrica de guardanapo...

(Samuel Gois Martins) 20/10/05

Saturday, October 15, 2005

Cagando asas

Forcei muito no banheiro. Prisão de ventre. Força. Força. Força. E depois alivio indescritível. Tendo finalmente me encostado para descanso senti algo diferente em minhas costas. Algo além de minhas costas roçava nos azulejos. Algo meu que nunca esteve ali.
Levantei-me para entender o que estava acontecendo. Mirando o espelho descobri que brotara asas em minhas costas. Meu Deus. Forcei tanto que nasceram asas. Eu poderia ter entrado em pânico. Afinal de contas aquilo era um atestado de aberração. Cagar asas? E tão lindas. Brancas e puras. Sentia-me um anjo. Um verdadeiro anjo. Apenas sorri e limpei a bunda.
Queria voar.

(Samuel de Gois Martins) 15/10/2005

Wednesday, October 12, 2005

A vida é uma merda

Aqueles dias cheios de merda. Merda para todo canto. Você pisa na merda. Você come merda. Você é a merda. Nesses dias escolhi abandonar toda minha respeitável vida social e roubar um banco.
- Mãos pra cima...
Eu tava falando serio.
Ela demonstra medo e nervosismo. Tremula esvazia todo o dinheiro do caixa. Lembrei que era melhor ficar tranqüila, pois ainda teria que abrir o cofre. A merda do cofre. A mulher mais linda que já vi na vida.
- Case-se comigo.
- Como assim?
- Assalto o banco, você me da seu telefone e começamos um relacionamento que cada vez mais vai se torna mais firme até atingirmos o ápice do casamento.
- Não vai me matar?
- Não mesmo. Faço isso apenas para relaxar. Todos temos algo sórdido para relaxar não é?
Ela parou por um momento para pensar. Logo em seguida seus olhos encontram os meus confirmando.
- Eu gosto de por gatinhos no liquidificador.
- Estou apaixonado por você!
- Aceito!
A vida é uma merda, mas sempre é possível tirar um lado positivo.

(Samuel Gois Martins) 13/10/2005

Monday, October 03, 2005

- Adeus Fulana. Adeus...

- Quero quatro copias desse aqui...
- Oi?
Noite. Trinta minutos para uma prova e só agora estava xerocando sua apostila. Tenho carta de pau pra essas coisas mesmo.
- Oi.
- Você estudou naquele colégio?
- Aquele?
- É. O segundo ano. Certo?
- Foi sim... Há. Formos colegas de classe.
- Isso mesmo.
O som da xérox trabalhando me tranqüiliza.
- Você lembra de fulana?
- Fulana?
- É. Que namorava com Ciclano.
- Ciclano?
- É. Que andava com Beltrano.
- Há... Beltrano... Ciclano... Fulana! Lembro sim. Boa pessoa. Como ela está?
- Cometeu suicídio.
- Hum...
- É...
- Suas copias, senhor.
- Obrigado. E qual foi o motivo?
- Rompeu com o noivo.
- Que coisa...
- Pois é...
- Suicídio só serve pra ferrar com quem ta vivo. Parece meio idiota falar isso...
- Mas é verdade. Bem, eu vou indo.
- Eu também. Tenho... Hã... Prova.
- Boa sorte.
- Obrigado.
Dez minutos para ler a apostila e aprender tudo que tem nela. Dez minutos.

(Samuel Gois Martins) 03/10/05