“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””

Saturday, January 22, 2005

Contradição

Algumas pilhas de livros atrás me lembro das cores aberrantes da camiseta que ela estava usando. Nunca fui muito ligado em moda, mas se aquilo é bom gosto dou graças a deus por estar fora de moda. Ela suspirou com honestidade após o longo gole de água. Realmente estava bem quente.
- O que você tem lido nos últimos dias?
- Na verdade cabei de comprar sete livros para suportar esse verão.
- Ta quente mesmo. Obrigado pela água...
- Só estava de passagem?
Já estou no quinto livro e esse momento não sai da minha cabeça. Assim não vou sobreviver ao verão. Devia ter gastado a grana com um ar-condicionado.
- Na verdade eu queria conversar com você...
- Fique a vontade.
No romance de Bolt, o personagem principal entrega um cálice para sua amada. Ele quer fazer uma espécie de casamento simbólico. E daí ela falou a respeito do namorado.
- O que será que devo fazer? Eu acho que não temos mais muito futuro...
A mulheres pensam demais no futuro. Essas coisas são bem comuns no romantismo, apesar de não ser lá grande fã do romantismo estou gostando do romance.
- Mas você não se sente bem com ele hoje em dia?
- Sim... Mas...
Acho que o personagem principal poderia ter um ar nobre menos forçado. Mas quem sabe isso seja alguma tipologia do personagem que poderá ser explicada no decorrer do livro. Mas...?
- Bem... Não entendo de romances.
Eu entendo muito bem de romances. Em especial dos escritos por T. Bolt. Mas definitivamente...
- Mas você sempre observou isso desde o começo. Você sabe... Digo... O que você acha?
Não gosto de romantismo.
- Eu acho que você esta pensando demais. E acho que num romance não existe lugar para cabeça e sim para coração.
Mas concordo que escritores românticos têm que pensar muito antes de escrever essas coisas. É uma arte se tratando da observação no gosto de seus leitores. A cabeça é realmente importante num romance.
- Você acha isso?
- Acho. Mas não sei.
- Como assim?
O final não foi lá grande coisa. Espero que o próximo livro compense. Ta muito quente...

(Samuel Gois Martins) 22/01/2005

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