“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Monday, June 16, 2008
ele
Comecei a pesquisar na internet sobre transtorno bipolar. Descobri que antigamente transtorno bipolar era denominado como psicose maníaco-depressiva. Onde li alegavam que a mudança do nome foi porque uma pessoa que sofre de transtorno bipolar não é necessariamente um psicótico. O inicio deste transtorno começa geralmente pelos 20 a 30 anos de idade. Puxei a carteira de identidade numa carteira em meu bolso e descobri que tenho vinte e dois anos. Já estou no tempo então. Um sintoma é a sensação de a sensação de invencibilidade, megalomania e humor exagerado mesmo diante de acontecimentos ruins. Rir da própria desgraça. Levanto-me por um momento da cadeira e vou ate o banheiro, olho meu reflexo no espelho reconhecendo essa pessoa, gorda, óculos, cabelo emaranhado, olhar caído. “Há, há”, falo. Tentando sentir a graça desta desgraça que seria a minha aparência. Nem um pouco engraçado, e provavelmente não me sinto invencível, principalmente após descobrir meu genótipo físico. Bem, a hiperatividade também é um sintoma. Ponho a mão sobre minha perna e a sinto se movendo rapidamente, como num tique nervoso. Certo, isso pode ser interpretado como hiperatividade. Espasmos de raiva, hum, não estou com isso no momento. Mas estou com a sensação que me encontro em depressão. Depressão também é um sintoma preocupante. Mesmo que eu não tenha transtorno bipolar. Li que níveis altos desencadeiam dupla personalidade. Olho novamente a carteira de identidade, leio um nome que não é meu. Pergunto-me por quanto tempo essa pessoa tem tomado o meu lugar, e onde estive por tanto tempo desacordado. Lembro do médico, das injeções e lembro de meus primeiros brinquedos. Não sei porque consigo usar a internet sem estranhá-la, talvez porque o aprendizado fica em uma outra parte de meu cérebro. Estou com medo de dormir, e a pessoa que usa esta identidade acorde. Tomo café forte, e um banho gelado para continuar acordado. Procuro toda e qualquer anotação nas coisas do quarto dele, tentando saber mais a respeito. Quem é minha mãe e meu pai? Tenho namorada? Preciso encontrar um psiquiatra antes que adormeça. Acho uma lista telefônica, e começo a procurar por telefones. Os olhos pendem, e já são seis horas da manhã. Vou para cozinha preparar mais café. Minha perna continua se mexendo, nervosa; cada vez mais rápido. Pelo menos não sou um psicótico.
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