Foi meio que uma consolação isso que ela falou. Fiquei meio que indignado. Meio que triste. Meio. Inteiro não dava. Não sem ela.
Amassei a carta e joguei na primeira lata de lixo que encontrei na rua. O melhor mesmo é mandar se foder. Isso mesmo. Possível viver pela metade. Posso amar pela metade. Posso mentir pela metade. Posso odiar pela metade. Tudo em partes. Incompletas. Sem sentido algum. Posso fazer assim. Faço há 15 anos assim. Agüento o resto de minha vida.
Parado ai. Segurando um revolver. Revolver de verdade. Repito para mim. Pergunto.
É de verdade?
Tu é otário ou o quê? Passa a grana maluco!
O resto da minha vida.
Passo um caralho. Atira bem no peito se tu é homem!
Tu é doido é?!
- Você só tem meia chance de me acerar. E eu só tenho meia chance de morrer. Poder vir. Se eu tiver de morrer, que seja pela metade!
Na lata de lixo a carta tinha escrito guardarei um pouco de amor para você.
(Samuel Gois Martins) 20/09/2005
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Tuesday, September 20, 2005
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