Desde a primeira vez... Que eu nuca vi você. Sempre tive certeza, encontrando aqueles olhos que nunca encontrei, era você. O vento que jamais soprou batendo naqueles cabelos que nunca nasceram. O largo sorriso que nunca foi feito.
Eu ate lembro onde eu não estava. Descia uma ponte de sonhos que construí desde minha primeira reflexão negada ate o ultimo suspiro contido. E me perguntava qual seria o não rumo. Lá não estava você, sentada na beirada, apreciando o por do sol que nunca aconteceu.
E as ondas do mar que sequer bateram? Maravilhosas.
Provavelmente você não me olhou com desdém. Um cara gordo, de longe com uma aparência próxima do que chama de atraente. Claro que você nunca olharia. Da mesma forma que eu nunca olharia você. Nem se quisesse, pois você não existe. Certo?
Eu me lembro muito bem de como não me sentei ao seu lado, da coragem que não tive para fazê-lo. Da coragem que não tive para dizer:
- Oi.
E também me lembro muito bem da sua resposta nunca pronunciada:
- Quem é você?
Mas foi um quem é você de ironia, nem rancor, ou medo? Não. Não foi de uma infantil curiosidade. Inocente e bela curiosidade. E teve o que eu não respondi.
- Ninguém...
E o espanto que você não teve. Pois como era grande a coincidência.
Samuel Gois Martins 27/03/2004
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Sunday, March 27, 2005
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