Tem uma tristeza que se arrasta entre as veias de pensamento. Quase nunca consigo sentir ou notar. Mas de alguma forma sei que esta lá. Essa tristeza tem haver com as letras apagadas entre um livro e outro que leio quando existe alguma vontade. Tem haver com o ar que forço a entrada nos pulmões e deixo escapar com certa falta de coragem. Tem haver com o medo de abrir a porta de meu quarto e encarar o que vou encontrar atrás. Quando fico com os pelos do corpo arrepiados com o vento frio da noite. E também tem os meus olhos que me encaram no espelho. Ligo a torneira, escovo os dentes, enxugo as mãos... Tudo tão mecânico quanto realmente é. A pior parte é me virar e encarar o corredor, esperando por um fantasma que me encare do mesmo jeito que os meus olhos. Tenho que dormir. Amanhã o parágrafo começa do mesmo jeito.
E sim, o fantasma esta lá, mas eu não consigo notá-lo. Da mesma forma que a tristeza.
Samuel Gois Martins (03/03/2005)
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Thursday, March 03, 2005
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