Mais vezes eu esperei por ela. Mais vezes. Ou menos dependendo do dia, sexta feira mesmo... E teve o dia que o porco falou.
Ela costumava dizer que me amava. Eu também. Ate hoje me pergunto se mentíamos um para o outro em momentos de solidão ou apenas éramos pessoas malvadas.
O porco só sabia fazer oinc.
- Oinc.
- Então ela foi embora pedindo para que eu a esperasse.
- Oinc.
- Acho que foi sua ultima crueldade, após as mentiras.
- Oinc.
- A minha crueldade é esperar. Até a consciência pesar tanto que sua cabeça vai cair no chão como uma bigorna pesada.
- Oinc.
- Bem pesada.
- Pesada.
E foi assim que o porco falou.
(Samuel Gois Martins) 3/5/05
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Tuesday, May 03, 2005
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