Estou procurando por um lugar.
Não sei bem onde é.
Seis da manhã. Um pesadelo ajuda na pontualidade. Encarar o mesmo teto há tantos anos tem sido parecido com uma doença.
Cinco minutos costumo demora em sair da cama. Os cinco minutos que me fazem lembrar de o quanto me odeio.
Eu me odeio.
Eu me odeio.
Eu me odeio.
- Já acordou?
Eu me odeio.
- Oi?
- Eu me odeio.
- Hã?
- Bom dia...
- Você esta bem?
- Difícil responder isso após acabar de acordar.
Mais um suspiro. Contenho uma lagrima. Quantas eu já contive todas as manhãs? Preciso sair. Encontrar o lugar.
- Vou sair.
- Pra onde?
- Não tenho para onde ir. É por isso que tenho que sair.
Eu preciso achar um lugar.
O lugar.
Hoje irei ao centro. O centro é cheio deles. Os lugares. Muita gente não gosta do centro. Eu penso que possa existir certo carisma.
Vou tomar banho.
O banho me toma.
Cada gota do chuveiro me castiga com o frio. Contenho-me para não tremer. Cantarolo baixinho alguma coisa qualquer que não sei cantar.
Nota: Texto incompleto. Escrevi-o bem deprimido e como não estou mais deprimido não sei continua-lo (nem quero na verdade).
Samuel Gois Martins 28/06/2005
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Tuesday, June 28, 2005
Sunday, June 26, 2005
A hora
A hora: Vamos, está na **.
O louco: Não posso ir.
O gordo: Estou sem pernas.
O louco: Onde foi que as perdeu?
O louco: Guardei-as em algum lugar e não acho mais.
O louco: Não deixou na cozinha?
O louco: Não tenho cozinha.
A hora: Você vai se atrasar...
E as gravatas?
A hora: As gravatas!
O louco: Não posso esquecer as gravatas!
A mulher: Você tem namorada?
O gordo: Você quer namorar?
O gordo: É só brincadeira.
O gordo: Não me olhe assim!
A hora: Não beba demais. Achou as penas?
E as gravatas?
O louco: Estou gordo.
O louco: Será que ela vai gostar de você?
O louco: Você quer namorar?
O espelho: Você quer namorar?
Namorar é uma palavra brega, que nem as gravatas.
O gordo: E as pernas.
A mulher: Como disse?
O louco: Que bom que achei as penas.
A hora: Não chegue tarde.
A mulher: Seria melhor sermos apenas amigos.
O louco: Vou matar o gordo.
O louco: Eu também.
O louco: Deixem o coitado.
O gordo: Estou suando.
A mulher: Gordos fedem desse jeito?
A hora: Não chegue depois da meia noite.
A fada madrinha: Gordo fedorento.
As pernas: Andam.
A mulher: Foi bom conhecer você.
A mulher: Seremos bons amigos.
A mulher: Por que esta andando no meio da rua?
A mulher: Cuidado com o carro!
O louco: Até outro dia!
O louco: Foi bom conhecer você!
A hora: Isso são horas?!
O gordo: Morri.
A mulher: Merda!
O louco: Caralho!
A hora: Puta que pariu!
O carro: Crash.
O louco: Na sala. As pernas estão na sala!
O gordo veste a camisa menos apertada e penteia seu cabelo. A gravata é de mau gosto, mas de bom coração. Espera que role algo.
(Samuel Gois Martins) 26/06/2005
O louco: Não posso ir.
O gordo: Estou sem pernas.
O louco: Onde foi que as perdeu?
O louco: Guardei-as em algum lugar e não acho mais.
O louco: Não deixou na cozinha?
O louco: Não tenho cozinha.
A hora: Você vai se atrasar...
E as gravatas?
A hora: As gravatas!
O louco: Não posso esquecer as gravatas!
A mulher: Você tem namorada?
O gordo: Você quer namorar?
O gordo: É só brincadeira.
O gordo: Não me olhe assim!
A hora: Não beba demais. Achou as penas?
E as gravatas?
O louco: Estou gordo.
O louco: Será que ela vai gostar de você?
O louco: Você quer namorar?
O espelho: Você quer namorar?
Namorar é uma palavra brega, que nem as gravatas.
O gordo: E as pernas.
A mulher: Como disse?
O louco: Que bom que achei as penas.
A hora: Não chegue tarde.
A mulher: Seria melhor sermos apenas amigos.
O louco: Vou matar o gordo.
O louco: Eu também.
O louco: Deixem o coitado.
O gordo: Estou suando.
A mulher: Gordos fedem desse jeito?
A hora: Não chegue depois da meia noite.
A fada madrinha: Gordo fedorento.
As pernas: Andam.
A mulher: Foi bom conhecer você.
A mulher: Seremos bons amigos.
A mulher: Por que esta andando no meio da rua?
A mulher: Cuidado com o carro!
O louco: Até outro dia!
O louco: Foi bom conhecer você!
A hora: Isso são horas?!
O gordo: Morri.
A mulher: Merda!
O louco: Caralho!
A hora: Puta que pariu!
O carro: Crash.
O louco: Na sala. As pernas estão na sala!
O gordo veste a camisa menos apertada e penteia seu cabelo. A gravata é de mau gosto, mas de bom coração. Espera que role algo.
(Samuel Gois Martins) 26/06/2005
Tuesday, June 14, 2005
Violência e vulgaridades desnecessárias de Deus
No final do corredor vejo as linhas que formam o destino.
Essas linhas medem seus 1,68 centímetros e devia perder uns quilinhos.
Linhas que fedem a pessoa que urina e não lava as mãos.
As mãos estão bem próximas, acompanhadas de um sorriso amarelo imbecil.
Exatamente 35 segundos se passam.
- Bem, você deve ser você.
- É, sou eu mesmo.
- Poderia me acompanhar?
Por que o idiota continua apontando a mão para mim? Fedor de porra desgraçado. Não é mijo não. Punheitero desgraçado filho de uma puta. Não vou aperta sua mão. Não mesmo...
- É um prazer...
Ele segura a minha mão firme. É veado. Tenho certeza. Firme demais. Achou que eu não ia notar, em?
Caminhamos com uma pressa discreta até o final do corredor. A luz inicial ofusca meus olhos. A luz saia da própria pele do sujeito. O Foda em pessoa.
O Foda fala:
- Analisamos cuidadosamente o seu perfil empresarial...
Eu fico olhando com cara de cu. Calado, escutando a voz fodonica do Foda.
- Você parece possuidor de categoria para este trabalho...
Mais categoria que eu, só o aquele negão de pau enorme dos filmes pornôs. Qual o nome dele mesmo?
- Diga, aqui fala que você possui total desapreço pela vida e valores morais...
Long Dond Silver, acho que é esse o nome.
- Você está realmente disposto a fazer o trabalho sujo?
- Com toda certeza. – respondo com aquela cara de balconista do Bob’s.
- O que acha de meu assistente?
Encaro o gorducho punheteiro com o sorriso da hora do pagamento, o seu Bib Bob, senhor.
- Um punheteiro fedorento gordo de merda.
O retardado continua com aquele sorriso de antes.
- Você o mataria?
- Com todo prazer.
O Foda tira da gaveta uma arma bem legal. Daquelas que fazem bang bang com estilo, tipo aqueles filmes de Tarantino. Senti até a trilha sonora.
Bang bang.
O sangue escorreu pelo carpete. Sorte que a cor era a mesma.
(Samuel Gois Martins) 14/06/2005
Essas linhas medem seus 1,68 centímetros e devia perder uns quilinhos.
Linhas que fedem a pessoa que urina e não lava as mãos.
As mãos estão bem próximas, acompanhadas de um sorriso amarelo imbecil.
Exatamente 35 segundos se passam.
- Bem, você deve ser você.
- É, sou eu mesmo.
- Poderia me acompanhar?
Por que o idiota continua apontando a mão para mim? Fedor de porra desgraçado. Não é mijo não. Punheitero desgraçado filho de uma puta. Não vou aperta sua mão. Não mesmo...
- É um prazer...
Ele segura a minha mão firme. É veado. Tenho certeza. Firme demais. Achou que eu não ia notar, em?
Caminhamos com uma pressa discreta até o final do corredor. A luz inicial ofusca meus olhos. A luz saia da própria pele do sujeito. O Foda em pessoa.
O Foda fala:
- Analisamos cuidadosamente o seu perfil empresarial...
Eu fico olhando com cara de cu. Calado, escutando a voz fodonica do Foda.
- Você parece possuidor de categoria para este trabalho...
Mais categoria que eu, só o aquele negão de pau enorme dos filmes pornôs. Qual o nome dele mesmo?
- Diga, aqui fala que você possui total desapreço pela vida e valores morais...
Long Dond Silver, acho que é esse o nome.
- Você está realmente disposto a fazer o trabalho sujo?
- Com toda certeza. – respondo com aquela cara de balconista do Bob’s.
- O que acha de meu assistente?
Encaro o gorducho punheteiro com o sorriso da hora do pagamento, o seu Bib Bob, senhor.
- Um punheteiro fedorento gordo de merda.
O retardado continua com aquele sorriso de antes.
- Você o mataria?
- Com todo prazer.
O Foda tira da gaveta uma arma bem legal. Daquelas que fazem bang bang com estilo, tipo aqueles filmes de Tarantino. Senti até a trilha sonora.
Bang bang.
O sangue escorreu pelo carpete. Sorte que a cor era a mesma.
(Samuel Gois Martins) 14/06/2005
Thursday, June 02, 2005
Coração mascarado e a chuva de palavras molhadas
Chove. É o tempo. E o tempo não passa.
Termino um parágrafo do livro. Mais um cheio de palavras. E as palavras vão se perdendo. Elas fogem para algum lugar melhor. Mesmo assim o teto é branco.
Esta usando mascara e chega sorrateira. Cheia de perguntas.
- Mais palavras?
- Ou menos. Estou perto do fim.
- E sobre o que são?
- Ainda não sei ao certo.
- Mesmo perto do fim?
- Mesmo terminando o livro. Eu não vou saber sobre o que é.
- Por quê?
- O livro é sobre liberdade. Sobre amor.
Ele mira bem nos olhos, escondidos por detrás da mascara.
- Você não sabe nada sobre os dois...
- Quem sabe? Você sabe? Não sabe. Você esta tão presa numa mascara. E é tão seguro nela. Não é mesmo? Está tão segura distante daqueles que amariam o seu rosto. Amariam o seu corpo.
- E dos olhos todos tem medo
Sobe na cama. Parece um gato. Abraça-o.
Sussurra:
- A chuva não para.
- É o tempo – ele responde.
- E o tempo não passa...
Não poderei entender o livro.
O livro parece não ter fim.
(Samuel Gois Martins) 02/06/2005
Termino um parágrafo do livro. Mais um cheio de palavras. E as palavras vão se perdendo. Elas fogem para algum lugar melhor. Mesmo assim o teto é branco.
Esta usando mascara e chega sorrateira. Cheia de perguntas.
- Mais palavras?
- Ou menos. Estou perto do fim.
- E sobre o que são?
- Ainda não sei ao certo.
- Mesmo perto do fim?
- Mesmo terminando o livro. Eu não vou saber sobre o que é.
- Por quê?
- O livro é sobre liberdade. Sobre amor.
Ele mira bem nos olhos, escondidos por detrás da mascara.
- Você não sabe nada sobre os dois...
- Quem sabe? Você sabe? Não sabe. Você esta tão presa numa mascara. E é tão seguro nela. Não é mesmo? Está tão segura distante daqueles que amariam o seu rosto. Amariam o seu corpo.
- E dos olhos todos tem medo
Sobe na cama. Parece um gato. Abraça-o.
Sussurra:
- A chuva não para.
- É o tempo – ele responde.
- E o tempo não passa...
Não poderei entender o livro.
O livro parece não ter fim.
(Samuel Gois Martins) 02/06/2005
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