Estou procurando por um lugar.
Não sei bem onde é.
Seis da manhã. Um pesadelo ajuda na pontualidade. Encarar o mesmo teto há tantos anos tem sido parecido com uma doença.
Cinco minutos costumo demora em sair da cama. Os cinco minutos que me fazem lembrar de o quanto me odeio.
Eu me odeio.
Eu me odeio.
Eu me odeio.
- Já acordou?
Eu me odeio.
- Oi?
- Eu me odeio.
- Hã?
- Bom dia...
- Você esta bem?
- Difícil responder isso após acabar de acordar.
Mais um suspiro. Contenho uma lagrima. Quantas eu já contive todas as manhãs? Preciso sair. Encontrar o lugar.
- Vou sair.
- Pra onde?
- Não tenho para onde ir. É por isso que tenho que sair.
Eu preciso achar um lugar.
O lugar.
Hoje irei ao centro. O centro é cheio deles. Os lugares. Muita gente não gosta do centro. Eu penso que possa existir certo carisma.
Vou tomar banho.
O banho me toma.
Cada gota do chuveiro me castiga com o frio. Contenho-me para não tremer. Cantarolo baixinho alguma coisa qualquer que não sei cantar.
Nota: Texto incompleto. Escrevi-o bem deprimido e como não estou mais deprimido não sei continua-lo (nem quero na verdade).
Samuel Gois Martins 28/06/2005
“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””
Tuesday, June 28, 2005
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