“o governo e diversas multinacionais pagam os alienígenas cabeçudos para bombardearem em nossas mentes propagandas e publicidades subliminares””

Tuesday, September 04, 2007

profecia

Uma mesinha frágil, com copo seco há uns dias, porta lápis cheio de tesouras e réguas mas nenhum lápis, impressora quebrada, boneco do Batman brinde de um ovo da páscoa, telefone fora do gancho, grampeador sem grampos, escritor sem idéias.
Ele fica em um quartinho, daqueles bem clichês escuros dos escritores isolados e sem dinheiro, com provavelmente cheiro de cigarro, bebida e testosterona sedentária fortes. Fazia muito tempo que ele não dormia, e ele nem lembra quando foi que entrou no quarto para escrever – jurou sair só quando terminasse seu romance. Na metade da primeira página a trama se desvinculou das primeiras idéias descritivas e transformou-se numa ficção de surreal desdobramento. A lâmpada da luminária desenroscou-se lentamente continuando acesa – e brilhando cada vez mais. A lâmpada criou vida, e inclusive falou “Sou um anjo enviado por deus do mundo das idéias”. O escritor antes de qualquer coisa pensou a respeito da cafonice que seria um anjo em forma de lâmpada representando o mundo das idéias em seu livro. Depois ele se assustou, ajoelhou e gritou por piedade. A lâmpada flutuando por mais que brilhasse não iluminava o quartinho, fazendo parecer um enorme espaço negro sem fim. Ajoelhado o escritor puxava com a mão direita a bermuda que deixava escapar o cofrinho e com a esquerda fazia sinal da cruz. “Palerma, é com a direita que se faz sinal da cruz”, exclamou a lâmpada angelical. O escritor chorava de medo e desespero se perguntando se já estava morto ou iria começar em algum momento. “Não sou anjo deste Deus, palerma. Sou do mundo das idéias, idealizada por Sócrates”!
“Platão”.
“Que seja!”.
Bem na hora da quebra de parágrafo, pensou o escritor. Pouco antes da metade da primeira página de seu livro perdeu o fio da ninhada. Poderia ter vindo uma musa sensual, e não uma lâmpada fluorescente. O escritor segurou sua incontinência urinaria, encheu seu coração de coragem e perguntou “o que você quer?”. A lâmpada então sorriu. O escritor viu pela primeira vez uma lâmpada sorrindo – e ninguém mais sabe como é além dele. Sorriu e falou “Estamos com discos voadores poparts espalhados por esse planeta, e finalmente dominaremos o mundo como temia seu velho filosofo”.
Aquilo era mais do que filosofia, era ficção cientifica descabida misturada com religiosidade e noções básicas de filosofia e arte extremamente mal estudadas.

5 comments:

Kadije Alves said...

gostei do texto
trata de algo q me interessa
^^
n é de lampadas falantes nem de aliens
uahuahua

Tath said...

Hey! Não consigo postar comment no seu flog.. diz que to bloqueada. ;~

Victor Hudson said...

rouiam! =]
moeda massa,
vou guardar no fundo do bolso esquerdoh!

*=

Bárbara said...

Sensacional a lâmpada voando e ele pedindo piedade. ahahahahaha.

Anonymous said...

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